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Porque Lula lidera em quase todos os cenários?

Ederson Francisco dos Santos

Rejeição acima de 50% impede crescimento de Bolsonaro

Contrariando opinião da maioria dos comentaristas de diversos meios de imprensa, afirmei recentemente em um post que a desidratação da chamada Terceira Via, culminando com a saída de João Dória do páreo, iria beneficiar a candidatura do ex-presidente Lula, que poderia calibrar o foco da campanha para buscar a vitória ainda no Primeiro Turno. Claro que se trata de recorte do momento, com base nos dados que se tem disponíveis e não de verdade absoluta porque faltam quatro meses para a eleição.

O fato é que a pesquisa Datafolha divulgada desta quinta-feira, 26, mostra um crescimento até além das expectativas nas intenções de voto em Lula (48%), crescendo (5%) em relação à pesquisa anterior do mesmo instituto. Bolsonaro estacionou nos (27%), assim como Ciro (7%). Os demais oscilam entre (2% e 1%), incluindo Simone Tebet (PMDB), que carrega o fio de esperança do que sobrou da ‘Terceira Via’.


Pesquisa aponta vitória no Primeiro Turno

Corroborando com a minha afirmação no post anterior, os dados da pesquisa eleitoral Datafolha, divulgada nessa quinta-feira, 26, mostram que, de fato, não havia muito a se comemorar, por parte dos bolsonaristas, em relação às saídas dos ex-parceiros e, hoje, desafetos de Bolsonaro da disputa presidencial. Não é possível afirmar que, necessariamente, os votos de Moro e Dória, em sua maioria, migraram para Lula, mas é fato que para Bolsonaro, quanto mais candidatos no páreo, melhor. Nesta primeira pesquisa divulgada sem João Dória, Lula venceria no Primeiro Turno com (54%) dos votos válidos.

Votos espontâneos (consolidados) deixam Lula mais próximo do Planalto.

A pesquisa espontânea, quando não é apresentada a lista com os nomes dos candidatos, de maneira surpreendente, revelou que mais de 60% dos eleitores brasileiros, acostumados a deixar para decidir de última hora, já definiram em quem vão votar. Esse talvez seja o dado mais importante do levantamento porque na pesquisa espontânea corresponde a um voto mais consolidado.

Lula subiu (8 pontos percentuais) na pesquisa espontânea em relação à última realizada pelo Datafolha. Passou de (30%) para (38%). Bolsonaro alcançou, neste levantamento (22%) dos votos espontâneos.


Eleição do voto contra

E porque há uma quantidade maior de pessoas que já escolheram os seus candidatos em relação a outras eleições? Porque esta está polarizada entre dois candidatos que, se por um lado reflete um amadurecimento do eleitorado, assim como ocorre nos USA, por outro é a eleição do VOTO CONTRA. Justamente por isso a rejeição é fator preponderante nesta corrida eleitoral. O eleitor bolsonarista vota pelo conservadorismo e contra Lula, os demais votam pela memória econômica do primeiro mandado do PT , mas, sobretudo, contra Bolsonaro.


Rejeição acima de 50% impede crescimento de Bolsonaro

A pesquisa explica em parte porque Bolsonaro não consegue aumentar o seu índice, mesmo com as constantes viagens e ações eleitoreiras de quem tem a caneta na mão.

Cabe lembrar, o governo deixou estrategicamente, e, de forma equivocada, somente para o ano eleitoral uma série de medidas para melhorar a aprovação do governo como: o perdão de parte das dívidas dos estudantes que utilizaram o FIES (Fundo do Financiamento Estudantil), liberação do recurso do FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS, programa de microcrédito e ampliação de empréstimos consignados, entre outros.

Medidas que não surtiram o efeito eleitoral desejado porque o eleitorado, sobretudo, os de menor renda evoluíram e já conhecem as intenções por detrás das ações.

O único cenário em que Bolsonaro aparece à frente de Lula é entre os que ganham mais de 10 salários mínimos. Mas, como a grande maioria da população é de baixa renda, a rejeição é recorde, um ponto acima da pesquisa anterior e hoje está em (54%). Já Lula diminuiu a sua rejeição acima da margem de erro de dois pontos percentuais, (33%) no atual levantamento contra (37%) na pesquisa anterior.

O ‘negacionismo’ também entra nesta conta. Primeiro a negação da gravidade da Covid-19, do número de mortes, da necessidade da vacina, dos benefícios da vacinação para as crianças, da eficiência das urnas eletrônicas que lhe garantiram a permanência em cargos públicos de 1996 até hoje, entre outros.

Número menor de indecisos também trava crescimento de Bolsonaro.

Uma outra particularidade desta eleição é que, diferente de outros pleitos, há poucos indecisos. O levantamento dessa quinta-feira mostra que, faltando quatro meses para a eleição, somente (11% ) - brancos, nulos não sabem - ainda não escolheram os seus candidatos. Portanto, não há muitos eleitores a serem conquistados.

Negligência com as mulheres, maioria do eleitorado, cobra seu preço

A falta de políticas específicas para as mulheres e, principalmente, as grosserias expostas em ocasiões diversas em rede nacional contra repórteres do sexo feminino, revelam muito a elas sobre o ‘espectro’ de Bolsonaro.

Some a isso o fato de que as mulheres são as primeiras a sentirem o nocivo efeito da inflação, sobretudo, aquelas que são chefe de família. O desemprego é maior entre as mulheres em relação aos homens. E estes fatores explicam, em boa parte, a diferente abissal nas intenções de votos das mulheres em Lula (49%) contra (23%) em Bolsonaro.


Católicos , convertidos e o ‘Messias’

O levantamento Datafolha dessa quinta-feira mostra que (54%) dos católicos consultados confirmaram a intenção de voto em Lula contra (23%) em Bolsonaro. Até aí tudo bem, apesar da ampla diferença de (31%). O que realmente me chama a atenção é a pouca vantagem de Bolsonaro quando se trata das intenções de voto dos evangélicos. De acordo com a pesquisa (39%) declararam voto no atual presidente e (36%), em Lula. Com o futuro confronto de pautas progressistas e conservadoras, este número tende a melhorar em prol de Bolsonaro.

Porém, diante de tantas benesses e afagos já concedidos aos convertidos como a indicação de um “terrivelmente evangélico” ao Supremo Tribunal Federal (STF), trânsito livre no MEC e suspeita de influência na indicação de verbas da Educação, além de vãs invocações do santo nome de Deus a todo momento, era esperado que Bolsonaro tivesse uma vantagem maior.

Na prática, isto mostra que a estratégia de afagos a pastores midiáticos não necessariamente reflete um direcionamento em massa de votos evangélicos, dado a mudança da pauta principal da eleição deste ano que é a economia e a grande fragmentação que há entre as principais lideranças evangélicas, que se reflete nos inúmeros templos em uma mesma rua.

Por outro lado, diferentemente do que possa parecer numa análise superficial, entre os católicos há uma unidade maior na prática, uma vez que as lideranças não são fragmentadas, tampouco, competem entre si.

Cabe aqui lembrar a grande repercussão da declaração do Arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes, durante a missa solene de 12 de outubro de 2021, no Santuário Nacional que ecoou em praticamente todo clero católico.

Sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, Dom Orlando, durante o sermão no dia da Festa da Rainha e Padroeira do Brasil, fez uma contundente crítica ao atual governo. Na oportunidade, o recorte da grande imprensa concentrou-se mais na questão do armamento, porém, quando transcrita na íntegra, nos dá maior dimensão do contexto mais amplo exposto pelo arcebispo.

 “Vamos abraçar nossos pobres e abraçamos também nossas autoridades para que juntos construamos, então, um Brasil pátria amada. E para ser pátria amada não pode ser pátria armada...” Após caloroso aplauso dos devotos presentes, o arcebispo continua. “...Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma pátria, uma república sem mentiras, sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. ‘Fratelli Tutti’. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira”.

‘Fratelli Tutti’ é uma referência à Encíclica do Santo Padre Francisco de três de outubro de 2020 sobre Fraternidade e Amizade, onde em um de seus capítulos fala sobre as religiões a serviço da fraternidade, abordando o papel das religiões na construção do caminho do diálogo visando a fraternidade.

Obviamente que a eleição deste ano não se trata de uma disputa entre credos, e que evangélicos, católicos e de outras religiões, além de questões morais e conceitos religiosos, definem seus votos baseados no conjunto de coisas, onde a economia tem papel preponderante no cenário atual.


Alta inadimplência faz empresários iniciarem desembarque do barco de Bolsonaro.

Ainda que o discurso conservador seja capaz de comover e ativar o centro do sistema de crenças de parcela da população; por mais que a narrativa de se combater o ‘criminoso’ com arma em punho seja tentadora, ainda que não resolva o problema estrutural da criminalidade, quando se tem (70%) das famílias endividadas, como é o caso, há uma provocação quase que natural e que ativa o instinto de sobrevivência. Cerca de (90%) dos empresários são na realidade microempresários (donos de mercadinhos, padarias, lojas etc) e precisam que as famílias tenham condições de honrar com suas dívidas e que tenham poder de compra.

Bolsonaro ainda leva vantagem entre os empresários (42% a 31%), afinal, cabe lembrar a aprovação da Reforma Trabalhista que beneficiou esta categoria, mas o fator econômico faz boa parte dos empresários ensaiarem uma mudança de barco. E frase pronta de transferência de responsabilidade “Fique em casa que a economia a gente vê depois” já não se tem o mesmo efeito porque na prática esperava-se respostas efetivas de combate à crise pós-pandemia. O que não ocorreu.


Quem é o pai da criança?

Já diziam os antigos que “Todo mundo quer ser o pai do ‘filho bonito’". O criticado ‘Bolsa Família’, rebatizado de ‘Auxílio Brasil’, programa de transferência de renda turbinado em tempos de pandemia, virou o ‘filho bonito’ adotado pelo atual governo. Porém, a pesquisa Datafolha, divulgada nessa quinta-feira, 26, revelou quem é o ‘pai da criança’ na visão dos eleitores entrevistados. Entre os beneficiários do programa, (59% ) declararam voto em Lula e (20) em Bolsonaro. Como diriam os antigos, ‘pai é quem cria’.

Para conhecimento:

O Programa Bolsa Família foi oficialmente criado a partir do Projeto de Lei Nº 10.836, DE 9 DE JANEIRO DE 2004, na gestão Lula (2003-2010), a partir da reorganização e junção de programas de transferência de renda que foram criados na gestão Fernando Henrique Cardoso (1994-2002) - Bolsa Escola, criado em abril de 2001; do Bolsa Alimentação, criado em setembro de 2001, e do Auxílio Gás, criado em janeiro de 2002.

Infelizmente, cerca de (5 milhões) de pessoas ainda aguardam na fila a possibilidade de entrar no programa de transferência de renda, resultado do empobrecimento das famílias brasileiras.


AMBIENTE TÓXICO NAS REDES AJUDAM A AFASTAR JOVENS DE BOLSONARO

Sem perceberem que, por conta do linguajar quase sempre ofensivo nas redes sociais, a ‘tropa’ de Bolsonaro empurrou a juventude para o principal adversário. Entre os jovens, (58%) declaram voto em Lula e (21%), em Bolsonaro.

E olha que não se trata de pouca gente. De acordo com TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o país tem mais de (dois milhões) de eleitores entre 16 e 18 anos cadastrados. Mais precisamente (2.042.817) novos eleitores, aumento de (47,2%) em relação ao mesmo período em 2018. Os números mostram que a convocação da juventude para participar das eleições de outubro teve ótimo resultado, até acima do esperado.

Trata-se de uma multidão de eleitores que, aos olhos de muitos, pode parecer alheia ao debate político no país, porém, sentem na pele, o desemprego e a falta de oportunidades. Possuem mentalidade muito mais aberta à questões e comportamentos abominados pelo conservadorismo. Importante ressaltar que não estou entrando no mérito do que é correto ou não, mas reafirmando essa dissonância de pensamentos.

Uma pesquisa recente do instituto Ipec mostrou que seis de cada dez jovens do país preferem não comentar nada de política nas redes sociais por causa da polarização e do radicalismo que o tema suscita, sobretudo, nos apoiadores bolsonaristas. 

Se por um lado, a ativa presença nas redes sociais, muitas vezes, carregada de falta de empatia e comentários agressivos, inclusive em posts alheios, mobilize a ‘bolha’, por outro, tornam o espaço onde os jovens esperam encontrar um universo mais leve e de interatividade social em um local demasiadamente hostil.

 

‘Rei morto, rei posto’ e os ‘Os amigos do rei’.

Naturalmente que, diante dos números negativos, a estratégia da ‘tropa’ bolsonarista será a de desqualificar toda e qualquer pesquisa que apresente dados semelhantes ao do Datafolha, publicada nessa quinta-feira, 26.

Usarão, de forma equivocada, o paralelo entre as pesquisas e o resultado final da Eleição de 2018, quando nos últimos momentos, pela rejeição ao PT, os eleitores de candidatos derrotados no Primeiro Turno desembarcaram, em sua maioria, no barco do atual presidente. 

Aliás, essa é uma tendência de boa parte dos eleitores e de candidatos a cargos executivos e ao parlamento. No Nordeste, por exemplo, há aliados que não querem dividir palanque com o presidente e isso já começa a reverberar também em outros estados onde Lula aparece em primeiro nas pesquisas. É o caso de Minas Gerais, maior colégio eleitoral do Brasil e de estados importantes em diferentes regiões.

Já viu ou ouviu aquela expressão: ‘amigo do rei’? Pois, é. Ela prevalece na política. Aí na sua cidade você já deve ter percebido que alguns estão sempre ao lado do vencedor e servindo-se desta proximidade; são os ‘amigos do rei’, independentemente de quem tem a coroa. E nem estou entrando no mérito de que isso é certo ou errado, mas, uma estratégia. A mesma a ser utilizada pelos políticos profissionais.


Apesar dos dados, não existe vencedor de véspera

Se quiser recuperar terreno e prorrogar a eleição para o Segundo Turno e ter uma sobrevida, Bolsonaro terá que fazer uma correção de rota. Venceu a eleição passada por conta da alta rejeição ao PT. Hoje, o rejeitado é ele. E para diminuir essa rejeição, terá que falar para folha da ‘bolha’.

Quanto a Lula e sua equipe, é não subir no salto para não ter recaídas em pautas progressistas ultrapassadas.

 

Ederson Santos / Jornalismo Construtivo

 

 

 

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Os dados são da Polícia Rodoviária Federal. E os detalhes chegam a chocar. De peregrino esmagado enquanto descansava embaixo de uma carreta em um posto de combustível a atropelamento de ciclistas e de famílias inteiras no acostamento. As cenas de milhares de peregrinos em romaria pela Dutra emocionam, mas não podemos deixar de refletir sobre o perigo para a vida destas pessoas. Todo ano, inúmeros atropelamentos ocorrem às vésperas do dia 12 de outubro. Existem outras rotas, a SP 62, estrada velha que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, por exemplo, é bem menos movimentada e, consequentemente, menos perigosa. ROTA DA LUZ Essa outra opção para ir a Aparecida a pé usa estradas secundárias e corre através de nove municípios paulistas, indo de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, até chegar a Aparecida. Muitos já utilizam este itinerário que, com as pernoites, pode ser concluído em até cinco dias, dependendo do ponto de partida. A Rodovia Presidente Dutra é a artéria mais movimentada do Brasil porque liga os estados mais ricos do país e, diante do aumento de mortos e feridos no período da festa da Padroeira, além da campanha de conscientização é necessário determinação de um novo percurso.
Por ederson francisco 15 de outubro de 2021
Quanto vale um gesto de solidariedade? Muito mais do que o valor material. Principalmente para este peregrino de Nossa Senhora Aparecida que veio de cadeira de rodas pelo acostamento da Dutra de São Jose dos Campos até Aparecida. Depois de uma campanha de amor da Agencia 012, várias pessoas de bom coração contribuíram com o peregrino após saberem que ele veio de São José dos Campos com uma cadeira de rodas que, de tão precária, se desfazia no trajeto. O cantor sertanejo, André Moraes, devoto de Nossa Senhora Aparecida, se emocionou com a história e fez a doação de uma cadeira de rodas nova para este peregrino que é exemplo de perseverança e fé. Parabéns à Agência 012 pela campanha, a todos que colaboraram e, de maneira especial ao cantor André Moraes.
Por ederson francisco 14 de outubro de 2021
Ótima notícia para Aparecida e cidades vizinhas. Com a ampliação da vacinação, a Santa Casa de Aparecida está bem próxima de zerar as internações de pacientes com Covid-19. De acordo com Frei Bartolomeu, administrador da Santa Casa em entrevista ao jornalista Mário de Paula, da Rádio Pop, 90,0, a ocupação dos leitos de UTI Covid está em 10%, com uma pessoa internada. Já a ocupação da enfermaria Covid está com três pessoas internadas, o que representa 6% de ocupação dos leitos. Frei Bartolomeu destacou ainda a importância da imunização, "o número de pessoas internadas está caindo por conta da vacinação". Sobre o perfil dos internados, foi informado que não há nenhum idoso entre os pacientes e que a idade varia de 40 a 50 anos. O fechamento dos leitos de UTI, mantidos pelo governo paulista, previsto para setembro acabou não ocorrendo devido à alta demanda, agora com a redução, a previsão é de que a partir de novembro ocorra uma desativação parcial, permanecendo de quatro a cinco leitos de UTI Covid em Aparecida, uma vez que a cidade é referência para Potim, Roseira e recebe grande fluxo de pessoas no fim de semana. Até dezembro, de acordo com Frei Bartolomeu, está mantido o convênio no valor de duzentos e nove mil reais pagos à Santa Casa pelas prefeituras de Aparecida, Potim e Roseira. Fonte: A12 - Jornal Regional, Rádio Pop, 90,0
Por ederson francisco 13 de outubro de 2021
Sobre a tão comentada frase de Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, entendemos como legítima e necessária diante dos tempos que estamos vivendo. A igreja católica sempre se posicionou em favor da vida e isso pressupõe se preocupar com o outro. Para além da "Pátria armada" a mensagem na homilia da missa solene de 12 de outubro e todas as outras proferidas por diferentes sacerdotes durante a Novena, chama a atenção do Brasil para a necessidade de combater o ódio com gestos de amor.
Por ederson francisco 3 de setembro de 2021
Na pauta para votação de hoje, o Projeto 45/2021 que autoriza o poder Executivo a suplementar dotação através de um crédito adicional suplementar por transposição, transferência, remanejamento de recursos (4 milhões e 825 mil) para diversas secretarias. Na prática, o projeto solicita autorização para que a Prefeitura possa remanejar recursos para ações e projetos considerados prioritários, entre eles, a compra de 03 carros para a Guarda Municipal, 01 carro para a Secretaria da Fazenda, 01 carro para Indústria e comércio e recursos para o pagamento da empresa prestadora de serviços na área da Saúde. O Projeto foi aprovado com 04 votos favoráveis, 03 abstenções e 1 contra. A Presidente da Casa de Leis, Ana Alice, favorável ao projeto, mais uma vez mediou um debate bastante acalorado entre os vereadores. André Monteiro: Votou contra o projeto, questionando as prioridades do Executivo que, de acordo com ele, deveria ser com a área da saúde como a compra de carros para transportar pacientes e os que necessitam da fisioterapia. O vereador também questionou o planejamento da Secretaria da Fazenda Xande Rangel: Se absteve, ressaltando que não é contra a compra de novos veículos para a Guarda Municipal, mas que não se sente à vontade com o Projeto porque há necessidade de veículos para as áreas de Saúde e Esporte e que os alunos não poderiam sofrer com a realocação de recursos da pasta. Gaby do Postinho : Se absteve, afirmando que há falta de planejamento e que é necessária uma organização maior com os gastos municipais e de empresas prestadoras de serviços, alegando que é recorrente a falta de materiais básicos nos postos de saúde. A vereadora Simone: se absteve, reafirmando que, de forma alguma, é contra investimentos na Guarda, porém, questionou o aspecto legal desta manobra financeira por se tratar de verbas federais com destinos já definidos. Gu Castro : Votou favorável destacando a importância do combate aos roubos e furtos que vêm ocorrendo na cidade e a necessidade de novos carros para a Guarda. Zé Fábio Borges : Votou a favor do projeto afirmando que entrou para a política com compromisso de direcionamento de investimentos para a segurança. Budão: Foi favorável ao projeto, afirmando que os pilares da administração devem ser Educação, Saúde e Segurança, destacando a importância da Guarda Municipal. Vereador Juninho Corpo Seco: Votou a favor e ressaltou a legalidade do projeto, pedindo união para as necessidades da cidade, ressaltando ainda a importância da Guarda Municipal e que é preciso buscar soluções para um problema de cada vez.
3 de setembro de 2021
Em 2020, os fieis acompanharam as celebrações do dia 12 de outubro pela internet e canais oficiais do Santuário, Este ano, os devotos de Nossa Senhora Aparecida poderão participar das celebrações realizadas no dia da Padroeira do Brasil. A capacidade de fieis no Santuário Nacional, no entanto, ocorrerá de forma limitada, porém muitas pessoas já estão na expectativa de poder participar das festividades da Padroeira. A Casa da Mãe, como é nacionalmente conhecida, tem capacidade para 35 mil pessoas em seu interior, mas irá receber 2,5 mil em cada celebração. Exemplo de organização, o Santuário Nacional já possui um eficiente esquema de recepção segura dos devotos de Nossa Senhora Aparecida. Alguns eventos religiosos que possam gerar aglomerações, como procissões, Vigílias Marianas e Passeio Ciclístico, continuam suspensos. Este ano a Festa da Padroeira do Brasil tem como tema ‘ Com Maria, somos povo de Deus, unido pela aliança!’
Por ederson francisco 25 de agosto de 2021
O Ministério Público protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra DIVERSOS CARGOS CONSIDERADOS ILEGAIS e sem concurso público na Prefeitura de Aparecida. Na Adin n°2182369-93.2021.8.26.0000 são colocados diversos cargos que deveriam ser ocupados por concurso público, mas que estão ocupados por pessoas indicadas politicamente, ato classificado pelo MP como (apadrinhamento). O Ministério Público fez a seguinte referência quanto aos cargos: "Adito, ainda, a excessiva quantidade de postos comissionados, que supera 80 (oitenta) cargos, dos quais 35 (trinta e cinco) são de Assessor de Secretário e 45 (quarenta e cinco) de Chefe de Seção, distribuídos pelas diversas Secretarias e longe do alto comando municipal." Fonte: União dos Procuradores Municipais do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira • Vereadores discutiram o caso dos chefes de divisão na Prefeitura Cabe ressaltar que no dia 29 de julho deste ano ocorreu uma das sessões de câmara mais tumultuadas dos últimos tempos, onde se discutiu uma modificação de uma Lei Municipal que estipulava a necessidade de nível superior para os cargos de chefe de divisão. Esta obrigatoriedade foi estipulada na legislatura passada, por meio de uma emenda da vereadora Ana Alice, que recolocou o tema em discussão, desta vez, para a retirada da obrigatoriedade do nível superior para chefe de divisão. • Votação Por 5 votos a 3, mais a presidente da Casa de Leis, a maioria dos vereadores optou por não alterar a Lei. Votaram favoráveis à retirada da necessidade de curso superior para os cargos comissionados de chefe de divisão os vereadores: Juninho Corpo Seco, Zé Fabio Borges e Budão. A presidente da Câmara, Ana Alice, lamentou ao final da votação afirmando que “a cidade perdeu, e que a cidade vai chorar”. O vereador André monteiro, que se posicionou contrário a mudança na Lei rebateu dizendo “...que era só abrir um processo seletivo e ver quem quer trabalhar...” Além de André Monteiro, votaram contra a retirada da necessidade do nível superior os vereadores: Gu Casto, Gabi do Postinho, Xande Rangel e Simone. O grupo argumentou ainda que as Leis não poderiam sofrer modificações de acordo com interesses. • Demissões Diversos comissionados estiveram na oportunidade na Câmara Municipal aumentando a temperatura das discussões. Com a decisão deste dia, todos os comissionados sem nível superior não poderiam continuar como funcionários da Prefeitura conforme já previa a Lei. • O que nós pensamos A questão dos cargos em comissão na Prefeitura de Aparecida vem de longa data e sempre foi alvo de questionamentos do Ministério Público, que na maioria das vezes, têm efeitos práticos com decisões favoráveis da Justiça de Aparecida. Nesta queda de braços, as experiências em administrações anteriores, nos mostram que, quase sempre, o vencedor é o MP que tem como função “...ser responsável, perante o Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses indisponíveis da sociedade, pela fiel observância da Constituição e das leis...”. Por isso, o nosso desejo é de que, observadas as necessidades e a realidade do município, em consonância com o MP sejam realizadas todas as adequações necessárias para o cumprimento da Lei para evitar problemas maiores do ponto administrativo, como se verificou em administrações recentes, culminando em alguns casos com o afastamentos de gestores por supostas improbidades, prejudicando, sobretudo, o município. Fatos que deixam claro que, de forma nenhuma, é benéfico para o município contrariar orientações do MP.
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